Uma história de superação e muito amor pelo esporte foi o grande destaque na 10ª Meia Maratona A Tribuna Praia Grande, no domingo (1º). Jardineiro de profissão e corredor por paixão, o mineiro Rogério Pereira garantiu o título da prova, cruzando a linha de chegada em 1 hora, 4 minutos e 21 segundos, e entrou na galeria de vencedores da corrida, que conta com nomes de ponta como os maratonistas olímpicos Franck Caldeira (2004 e recordista) e Paulo Roberto de Almeida Paula (bi em 2009 e 2010).
Entre as mulheres, nova vitória queniana, com Delvine Reli Meringor, de 21 anos, cruzando a linha de chegada em 1h16min46s. No total, incluindo a corrida participativa de 10 KM, a prova reuniu 3.100 atletas e foi disputada num clima ameno. O percurso foi a grande atração, totalmente plano, ao nível do mar, com grandes retas (duas delas de nove quilômetros cada), tendo a orla da praia como cenário no trecho final.
Os resultados completos da prova estarão disponíveis no link http://www.triesportes.com.br/buscador.asp
Na prova masculina, Rogério Pereira, de 36 anos, surpreendeu os favoritos, como Carlos Antonio dos Santos, vice em 2010, desta vez o quinto colocado, e Silvano Lima Pinto, o terceiro em 2012 e quarto este ano. Ele assumiu a ponta no km 17 e abriu vantagem, chegando 38 segundos à frente de Edson Tibúrcio Alves. O terceiro colocado foi o tanzaniano Lucian Reginald Mejan, com 1h05min09s.
“Eu corro porque eu amo isso. Sou jardineiro, não tenho patrocínio e pago as minhas viagens. Então, o incentivo é ainda maior. Vencer essa prova me dá visibilidade para continuar fazendo o que eu gosto, que é correr”, vibrou o novo vencedor. “Tenho treinado muito para conseguir as vitórias. O percurso tinha bastante água e por ser plano foi muito bom. A estratégia para ser campeão foi correr junto dos outros e no momento certo abrir”, contou.
A chegada do campeão, Rogério Ferreira. Crédito: Nirley Sena/A Tribuna
O segundo colocado também comemorou o resultado. “Prova muito forte. Vim em primeiro, mas o Rogério me ultrapassou no km 17, depois de encostar em mim no 16. Ficar no pódio é uma honra”, ressaltou o corredor, que representa a cidade vizinha Mongaguá.
Na disputa feminina, Delvine desbancou as cotadas Maria dos Remédios Castro, campeã em 2012, e Sirlene Souza de Pinho, vitoriosa em 2005 e vice no ano passado. “É o resultado de muito treino e luta. Estou Feliz demais por conquistar esse título”, destacou a vencedora, que chegou quase dois minutos à frente da segunda colocada, a mineira Rosângela Raimunda Faria. Em terceiro ficou a paranaense Adriana Sutil da Costa.
Pelotão feminino. Crédito: Nirley Sena/A Tribuna
A chegada da campeã, Delvine Meringor. Crédito: Nirley Sena/A Tribuna
Apesar de não ter ficado com o título da Meia Maratona, Sirlene garantiu uma conquista para a região, sendo a primeira colocação entre as atletas da Baixada Santista. “A prova foi difícil e é sempre bom ficar no pódio”, afirmou a quarta colocada.
Quem também festejou muito o resultado foi o cadeirante Heitor Mariano dos Santos, da equipe de Praia Grande, primeiro colocado na categoria, em 1 hora, 1 minuto e 25 segundos. “Vencer em casa foi sensacional. O percurso ajuda, por ser totalmente plano. E correr na praia é sempre bom”, disse.
3.500 EM 2014 – Além da lotação máxima, a participação da torcida no percurso foi um dos diferenciais na prova. Muitas pessoas foram às ruas para dar incentivo aos participantes. As atrações musicais no percurso também chamaram a atenção em três pontos do trajeto, que teve postos de hidratação a cada três quilômetros, ponto muito elogiado pelos atletas.
Chegada da prova. Crédito: Alberto Marques/A Tribuna
Crédito: Alberto Marques/A Tribuna
O resultado animou o diretor-geral do evento, Marcos Clemente Santini, assíduo participante da disputa, que anunciou o crescimento de participantes para 2014. “Tinha muita gente no percurso ajudando, incentivando. Isso é bom para o atleta. A gente só tende a crescer e no ano que vem vamos aumentar o número de atletas para 3.500”, revelou o diretor presidente de A Tribuna, que também correu os 21.097 metros. “O percurso totalmente plano ajuda muito, com água gelada em diversos pontos. Foi muito bom”, disse.
E após dez anos de sucesso, Marcos destaca os principais pontos que levaram a prova a se tornar um marco no calendário dos corredores. “Todo ano superamos os problemas dos anos anteriores. Os atletas nos fazem sempre deixar um nível muito alto da prova. A expectativa para o ano que vem é boa, porque quem faz essa prova gosta e acaba incentivando os amigos a fazerem também”, completou.