Neste domingo, 22 de maio, acontece a tradicional Maratona Internacional de Porto Alegre, prova que iniciou no ano de 1983. A principal novidade deste ano é a modificação de parte do percurso, incluindo o local de largada e chegada, mas mantendo o trajeto rápido, o que atrai muitos corredores da elite nacional.
A largada, neste ano será em frente ao Barra Shopping Sul, na Avenida Diário de Notícias, logo após a curva do “Estaleiro Só”, antiga empresa que fabricava embarcações que entrou em concordata no início dos anos 90. O início da corrida será em direção a esta curva do “Estaleiro Só”, na qual os corredores irão até a Fundação Iberê Camargo, um espaço novo da cidade projetado pelo arquiteto português Álvaro Siza Vieira, que abriga obras do artista gaúcha que dá o nome a Fundação.
A Fundação Iberê Camargo vista do alto (crédito foto: http://bah.art.br/)
Logo após este curto trajeto, os atletas voltarão em direção à zona sul da cidade entrando no Bairro Assunção, muito arborizado e com alguns clubes náuticos. Passam pela Avenida Guaíba, ponto de encontro de alguns jovens aos domingos à tarde e chegam ao Bairro Tristeza. Mas não se engane pelo nome: o bairro é movimentado e com uma atmosfera de cidade pequena. Nele misturam-se lojas tradicionais com mini shoppings novos.
Vista do Bairro Assunção (crédito foto: Gilberto Simon)
O percurso atinge seu ponto mais ao Sul na “Pracinha da Tristeza”, onde fazem os atletas contornam e tomam o rumo ao norte da cidade, passando pela mesma avenida da largada. Logo após o prédio da Fundação Iberê Camargo, chega-se ao estádio Beira Rio, do Sport Club Internacional, ou somente Inter, para seus torcedores, os colorados. Continuando a corrida pela beira do Rio Guaíba, os atletas entrarão na Avenida Ipiranga, uma das mais importantes da Capital dos gaúchos, cortando a cidade no eixo leste-oeste. A Maratona se vale de um trecho desta importante Avenida para logo em seguida entrar na Rua João Alfredo, muito freqüentada pelos boêmios da cidade e que abriga muitos bares e restaurantes populares.
As coloridas casas da João Alfredo (crédito foto: Cristine Rochol / PMPA)
Ao final da João Alfredo um dos pontos mais emblemáticos de Porto Alegre: a Ponte de Pedra, na Praça dos Açorianos. A ponte foi construída por escravos entre os anos 1842 e 1848, durante o período da pacificação da província riograndense e na época tinha a função de ligar o centro à zona sul da cidade. A ponte perdeu sua função com a canalização do Arroio Dilúvio, que passa por toda Avenida Ipiranga. Também na praça está o Monumento dos Açorianos, construído em 1973 para homenagear os 60 casais que chegaram a Porto Alegre em 1752, dando origem a cidade.
Na Praça dos Açorianos: a Ponte de Pedra, o Centro Administrativo e o Monumento aos Açorianos
Passando pela praça, os corredores seguirão em direção ao Rio Guaíba, para entrar na Avenida Mauá — contornando, para isto, o Gasômetro, outro cartão postal da cidade. Nos finais de semana a atmosfera nesta região da cidade é de esporte, onde diversas equipes de corridas treinam, muitos ciclistas aproveitam a avenida fechada enquanto outros jogam futebol, basquete ou vôlei nas quadras públicas à beira do rio.
A Usina do Gasômetro (crédito foto: Afonso Abraham/PMPA)
Os atletas seguem um pedaço mais e voltam pelo mesmo trecho, mas na Praça dos Açorianos, ao invés de voltar pela João Alfredo, seguirão pela Avenida Loureiro da Silva, mais conhecida como Perimetral pelos portoalegrenses, e chegando à metade do percurso. Da Perimetral entra-se na Rua Vasco da Gama e de lá, depois de alguns quilômetros, entramos a esquerda em direção ao Parque Moinhos de Vento, mais conhecido como Parcão, famoso por suas pessoas bonitas e de bem com a vida.
O Parque Moinhos de Vento
Do Parcão, descemos pela Avenida Silva Só e chegamos a outro trecho da Avenida Ipiranga. Esta parte da prova na Avenida Ipiranga será mais longa que a primeira, e os atletas passarão pelo Museu de Ciência e Tecnologia, propriedade da PUC-RS, que está ao lado. Voltam pela mesma avenida até entrarem na Avenida Princesa Isabel, chegando no estádio Olímpico Monumental, casa do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense (ou simplesmente tricolor para seus torcedores). Passando pela Praça do Papa, onde João Paulo II rezou missa em 1980, os corredores seguem pela Avenida Érico Veríssimo até chegar a Avenida Praia de Belas. O nome da Avenida não faz referências às famosas belas mulheres gaúchas e leva este nome, ao menos na versão mais aceita, devido ao antigo dono de uma chácara na região, Antônio Rodrigues Belas.
Deste ponto em diante o caminho não passa por ruas que os atletas já não tenham passado. Ele retoma a Avenida Ipiranga, Avenida Beira Rio, passando pela Fundação Iberê Camargo e chegando ao ponto de largada, onde, enfim, os corredores poderão celebrar mais um desafio superado!